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algumas
condições |
SÓ
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ALGUMAS
CONDIÇÕES VITAIS PARA A COOPERAÇÃO Versão
2, revista
em dez.2003,
de material apresentado no Encontro de Todos
os Santos, em Boas idéias não faltaram até hoje para enfrentar tods os problemas do mundo - idéias técnicas, políticas, religiosas etc. Se os problemas continuam aí é porque resistem apoiados em atitudes que existem tradicionalmente em cada pessoa. Neste momento o mundo inteiro desperta para a cooperação, a atuação em redes etc. - e cremos que o caminho é esse mesmo. Ao mesmo tempo, sabemos que a cooperação não é viável... a não ser entre pessoas que decidiram se auto-educar para cooperar. Muita coisa poderia ser dita sobre essa necessária auto-educação, porém estamos em busca é do pouco: daquele pouco que seja realmente essencial! Nesse sentido compartilhamos alguns pontos, todos observados na prática da Pedagogia do Convívio que vem sendo desenvolvida na Trópis desde 1993. (1)
Confiança
inteligente: sem uma atitude
fundamental de confiança é melhor nem começar! (2)
Minimalismo:
regulamentações, formalidades, intervenções, condições, exigências
devem ser mantidas no nível mínimo indispensável. (3)
Cuidado na
comunicação: absoluto
respeito e delicadeza na
comunicação inter-pessoal. Busca permanente de entender a posição
do outro. Jamais falar (em voz alta ou mentalmente) antes que o outro
conclua sua fala. Autocrítica permanente quanto à proporção entre
o falar e o ouvir. (4)
Pontualidade:
mostra de que reconheço que o outro, e seu tempo, são tão
importantes quanto eu e o meu tempo. Mais: é uma forma de amor (já
viram quem está apaixonado se atrasar?) (5)
Palavra:
é a contraparte da confiança, o cimento sem o qual qualquer
empreendimento desmorona. O que foi combinado em conjunto só
pode ser descombinado em conjunto. Quem não tem certeza que estará
disposto a todos os esforços para cumprir o que disse, é melhor que
nem diga: (6)
Pluralismo: não
é preciso concordar em tudo para colaborar. Aceitação
(ou tolerância) inabalável pela diversidade de caminhos, visões,
jeitos-de-ser: a única coisa que pode (e tem que) ser excluída
é a atitude de exclusão ou de imposição. (Notar: a atitude,
e não a pessoa: a exclusão de pessoa ou instituição é
recurso extremo, apenas quando essa pessoa ou instituição, ela
mesma, adere firmemente às atitudes de exclusão ou imposição). (7)
Paciência nas
decisões: decisões
duradouras não se constróem com votações onde resta uma parte
derrotada, e sim pela trabalhosa construção de soluções de
consenso que contemplem todas as posições em alguma medida; para
isso todos os participantes devem ter também a maturidade de
aceitar certa medida de perda em suas posições, e de não colocarem
exigências além do mínimo indispensável. (8)
Modéstia prática:
nunca agir ou falar como já tendo respostas suficientes
- seja com base na
experiência, num phd,
na Revelação Divina ou no que for: isso seria uma forma de atitude
de imposição (ver 4). A realidade é sempre maior
que o saber de qualquer pessoa, e exige o tempo todo a construção de
respostas novas; e quando se coopera, essa construção precisa ser
conjunta. Que as pessoas envolvidas sintam uma relação pessoal com o
sistema construído é mais importante que a eficiência do sistema em
termos abstratos. |
Veja
o texto Confira o RELATO DO ENCONTRO Página
inicial da Trópis: www.tropis.org |